A modalidade de Ensino a Distância introduz modificações bastante profundas no papel do professor e do aluno. O professor passa a ser um criador de conteúdos, orientador da aprendizagem, parceiro na construção do curso. Michel Authier, um dos mais eminentes pensadores franceses na questão relativa ao impacto das novas tecnologias na cultura contemporânea, descreve, de forma bastante completa, esse novo papel: os professores passam a ser “produtores, quando elaboram suas propostas de curso; conselheiros, quando acompanham os alunos; e parceiros, quando constróem, junto com os especialistas em tecnologia, abordagens inovadoras de aprendizagem”. O papel do aluno também muda bastante. De uma atitude mais passiva - pois na forma tradicional de aprendizagem a iniciativa do ensino cabe ao professor - o aluno passa a ser o principal sujeito de sua própria aprendizagem. Isso exige, por parte do aluno, uma maior iniciativa, autonomia e disciplina, pois ele fará seu próprio horário de estudo, estabelecerá as condições em que irá estudar e, dentro de limites amplos, o ritmo desse estudo, adaptando-o a seu perfil e conveniência. Por outro lado, é exatamente esse aprendizado da gestão do tempo, espaço e calendário que propicia ao aluno um melhor aproveitamento em seus estudos e, principalmente, sedimenta uma compreensão que hoje é considerada de fundamental importância para o sucesso de uma pessoa: a de “aprender a aprender e de aprender em colaboração”.