Papel, paciência e dedicação. Com apenas estes elementos, é feita uma arte milenar: os origamis. O surgimento das esculturas feitas com dobraduras tem a mesma origem que sua matéria-prima, o papel. Os primeiros registros de origamis vêm da China e foi difundida para outros países asiáticos por monges budistas, mas, foi no Japão que a técnica se desenvolveu.
Até o século XIX, porém, a arte das dobraduras era restrita por causa do alto custo dos papéis. Entretanto, foi popularizada em 1876, quando o origami passou a fazer parte da educação dos japoneses nas escolas. As representações mais populares são as de animais, a maioria deles com uma simbologia especial. Como o pássaro tsuru, a dobradura mais clássica e conhecida no mundo todo.
O tsuru é uma ave sagrada do Japão. Símbolo da longevidade, da saúde e da fortuna, ele é feito com a intenção de conseguir algo. Para pedir a cura de um enfermo, por exemplo, eles dobram e oferecem tsurus ao doente. No Japão, reza a lenda que dobrar mil origamis de tsurus, mentalizando um pedido, garante a realização do desejo.
Quem é adepta dessa arte com dobraduras é Maria Aparecida Rodrigues Soares, funcionária da Pastoral da PUC São Gabriel. Foi na Unidade que ela conheceu os origamis e se interessou por essa arte, quando sua coordenadora sugeriu que ela praticasse a dobradura do tsuru para um trabalho em equipe. Desde então, o origami faz parte de sua vida. "Para mim é um hobby, uma terapia, um descanso para a mente", conta Cida, que dá a dica para quem deseja aprender: "tem que ter paciência e concentração".
Confira abaixo a Cida ensinando o passo a passo para fazer o pássaro tsuru: