Esse fluxo migratório é considerado pelas Nações Unidas como a maior crise humanitária já observada na América do Sul. Os principais destinos desses imigrantes são os países vizinhos nos quais buscam acolhida para garantir a sobrevivência.
Distintas têm sido as respostas dos governos nacionais no trato com o fluxo migratório dos venezuelanos. O Brasil optou por criar abrigos na região de fronteira, nos quais se encontram milhares de imigrantes. Essa iniciativa, sem a devida preparação, tem causado diversos conflitos, alguns com graves consequências, entre a população local e os imigrantes. Conflitos esses permeados por interesses locais que não representam o pensamento da sociedade brasileira.
Frente à demora de respostas por parte do Governo federal, cabe à sociedade civil, uma vez mais, socorrer os que chegam à fronteira do Brasil. Nesse processo vários setores têm se articulado e, no plano da administração estadual, alguns estados têm contribuído com os esforços da sociedade civil organizada buscando em trabalho coordenado, auxiliar na inserção social dos imigrantes venezuelanos, são eles: Cuiabá/MT (143); Manaus/AM (410); São Paulo/SP (416); Esteio/RS (214); Canoas/RS (288); Conde/PB (44); Igarassu/PE (69); Rio de Janeiro/RJ (113); Brasília/DF (58); João
Pessoa/PB (69) e Goioerê/PR (61). Total geral interiorizados em outros estados brasileiros: 1.884.
O estado de Minas Gerais também foi chamado a participar desse esforço e no momento que o movimento “Acolhe Minas”, formado por entidades que representam vários setores da sociedade mineira, se articula para receber os irmãos venezuelanos, esperamos que o Governo estadual também apoie essa iniciativa e contribua, efetivamente, para reduzir o sofrimento daqueles que optaram por buscar em Minas Gerais uma chance para a reconstrução de suas vidas.