O CEO e fundador da Agrointeli, Renato Borges, uma das startups que participaram do 1º Programa de Indução de Negócios do PUCTec , Hub de inovação, formação e negócios, foi reconhecido como o jovem mais inovador da América Latina, abaixo dos 35 anos, pela Revista MIT Technology Review. Por mais de uma década, a publicação reconhece talentos cujo trabalho tem um grande potencial para transformar o mundo. Nos EUA, esse é o prêmio que antecipou o sucesso de grandes empreendedores na área de tecnologia, como Mark Zuckerberg, do Facebook, Sergey Brin, do Google, e Max Levchin, do PayPal.
Renato Borges foi reconhecido na categoria "Visionários" por seu trabalho realizado a frente da Agrointeli, empresa que tem como visão a democratização da tecnologia na agricultura. O principal produto da companhia é uma plataforma de inteligência artificial que conecta os agricultores às suas lavouras.
O sistema desenvolvido por Renato auxilia os agricultores em suas tomadas de decisões, conciliando por meio de algoritmos, imagens aéreas, sensores, dados de máquinas, previsões meteorológicas, modelos agronômicos e atividades de dados em campo, informações que tornam mais assertivo o trabalho no campo.
Além disso, segundo Renato, a plataforma auxilia os agricultores a praticar uma agricultura mais sustentável. Em 2019, segundo dados Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a soma de bens e serviços gerados no agronegócio chegou a R$ 1,55 trilhão ou 21,4% do PIB brasileiro. O país acumula superávit na balança comercial agro de mais de US$ 60 bilhões este ano, graças à produtividade crescente, impulsionada pelas aplicações tecnológicas que invadiram as grandes propriedades rurais. No entanto, a agricultura familiar, que garante 70% dos alimentos que chegam à mesa dos brasileiros, continua distante do agrotech 4.0, excluída por conta da baixa escolaridade, da falta de conectividade e do acesso limitado ao crédito.
De família de produtores rurais, o engenheiro conheceu desde cedo os desafios diários do pequeno agricultor. Cresceu vendo seus familiares e amigos tomarem decisões erradas por falta de conhecimento e acesso a informações que melhorassem o desempenho da safra. Disposto a mudar essa realidade, Renato fundou a Agrointeli. Hoje, o engenheiro conseguiu, ao mesmo tempo, ajudar sua família, seus colegas de família e vizinhos, além de outras 350 propriedades, que correspondem a 360 mil hectares, espalhadas por quatro países, tudo isso em menos de 3 anos de operação.
Somente em 2020, mesmo diante da pandemia de Covid-19, a Agrointeli registrou crescimento de 500% em seus negócios.