20/05/2024 18:30
Nathália Farnetti
Compuseram a mesa de abertura (da esq. para a direita) o Prof. Dr. Mário Cleber Martins Lanna; Carolina Bernardes; o Prof. Dr. Henrique Paprocki; a Profa. Dra. Julia Calvo e o representante do corpo discente, Pedro Piuco
A inauguração da exposição Os 200 anos da Expedição Langsdorff em Minas Gerais e a abertura da 35ª Semana de História aconteceram nesta segunda-feira, 20 de maio. A exposição é fruto de uma parceria dos cursos de História, Geografia, Ciências Biológicas e do Centro de Memória e Pesquisa Histórica da Universidade e do Museu de Ciências Naturais PUC Minas. A iniciativa mostra os locais do estado percorridos pela expedição organizada e liderada pelo barão Georg Heinrich von Langsdorff (1774-1852), um dos mais conhecidos naturalistas-viajantes do século XIX.
Na mesa de abertura do evento, a Coordenadora do Curso de História, Profa. Dra. Julia Calvo, representou o Diretor do Instituto de Ciências Humanas, Prof. Dr. Alexandre Diniz. A professora explicou que a ideia da exposição partiu do curador da Coleção Ornitológica do Museu da PUC Minas, que ingressou no Curso de História em 2022. "Marcelo é biólogo e descobriu o prazer em estudar História. Ele sugeriu que nós celebrássemos isso em forma de exposição", disse. "O evento surgiu pela percepção e conhecimento de mundo do Marcelo que é, acima de tudo, um naturalista, e percebeu o encontro da História, Biologia e Geografia".
O Coordenador do Museu PUC Minas, Prof. Dr. Henrique Paprocki, agradeceu a escolha do Museu para celebrar os 200 anos da expedição de Langsdorff. "Isso se faz importante para o Museu, que se revela como palco de sonhos que são realizados", afirmou. "Ficamos marcados pela emoção e pelo conhecimento que vem junto com esse resgate histórico", concluiu.
Na solenidade de abertura, o Diretor do Centro de Memória e Pesquisa História, Prof. Dr. Mário Cleber Martins Lanna, enfatizou que muitas pessoas colaboraram para que o evento acontecesse. Mário Lanna citou o professor Paprocki, que acolheu a iniciativa; as professoras do Curso de História, Julia Calvo, Maria Ester Saturnino Reis e Ana Maria Coutinho; os estudantes; entre outras. "O Centro de Memória e Pesquisa História abraçou a ideia do Marcelo e disponibilizou recursos e pessoas para que a exposição acontecesse", disse o professor Mário Lanna.
A Cônsul Honorária da Rússia em Minas Gerais, Carolina Bernardes, também compareceu à inauguração da exposição. "Agradecemos pela retomada da memória que é tão cara para nós. Precisamos estudar mais sobre todos os feitos e influências russas e soviéticas. É muito importante que os alunos tenham essa proximidade com a História", disse a Cônsul. "É uma benção para o Brasil que isso [produção de Langsdorff] tenha sido preservado, porque é parte do surgimento de Minas Gerais".
"É um privilégio ter esse acervo tão rico do Museu e a interdisciplinaridade da História com outras Ciências", apontou Pedro Piuco, discente do Curso de História, que representou os alunos no evento. "Discutimos ao longo do curso o diálogo das Ciências Naturais com as Ciências Humanas, que é consolidado e enfatizado cada vez mais".
A abertura da exposição também contou com uma apresentação do Grupo de Câmara e do Coral da PUC Minas. Para celebrar a ocasião, Luiz Carlos Prestes Filho compôs uma música sobre Langsdorff. "É uma expedição épica. São quilômetros e quilômetros atravessados não somente em Minas Gerais, mas no Brasil. Essa coleção riquíssima sobre a biodiversidade brasileira está depositada hoje no Museu de São Petersburgo, na Rússia. Esse material merece de fato ser minuciosamente estudado pelas universidades, porque fala de um Brasil que não existe mais". Luiz Carlos Prestes Filho revelou que, ao final da expedição, Langsdorff estava com várias doenças e uma delas fez com que sua memória se perdesse. "A letra reflete esse ponto dramático. A síntese da canção é que nós podemos viver uma vida inteira em um segundo e um ano inteiro no último dia", concluiu.
Após a mesa de abertura, aconteceram mesas-redondas com os temas Fauna e Flora na Expedição, conduzida pelo Prof. Dr. Marcelo Vasconcelos, curador da coleção de aves do Museu de Ciências Naturais da PUC Minas; A cartografia da Expedição, conduzida pelo geógrafo e especialista em cartografia, José Flávio Morais Castro; e Cultura e História da Expedição, conduzida pelo antropólogo Ricardo Ribeiro.
A exposição Os 200 anos da Expedição de Langsdorff em Minas Gerais ficará disponível até dia 15 de agosto no hall de entrada do Museu de Ciências Naturais PUC Minas e o acesso é gratuito.
A 35ª Semana de História seguirá até sexta-feira, 24 de maio, com palestras, mesas-redondas e sessões de cinema comentadas. Confira a programação.
A exposição ficará disponível até dia 15 de agosto no hall de entrada do Museu de Ciências Naturais PUC Minas e o acesso é gratuito