"Criar tramas de diferentes cores e texturas é como a arte de viver e conviver. Em nossa vida criamos redes de relacionamentos. No tricô, elas se fazem com linhas, lãs e calor humano", é assim que Lucilene Assis define seu talento. Ela teve o seu primeiro contato com o tricô aos 13 anos, ao ver uma tia tecer. E, desde então, o tricô faz parte a sua vida. "Interessei-me pelo tricô por sua beleza e versatilidade. Podemos tecer com qualquer fio e utilizando qualquer par de varetas como agulha Foi encantamento imediato e não parei mais", conta a assistente administrativo do Apoio à Pró-reitoria Adjunta da Unidade São Gabriel, que já perdeu as contas de quantas blusas, cachecóis, gorros e sapatos ela já fez.
Durante um período de sua vida, as agulhas e os fios representaram mais que um hobby ou uma paixão, mas um ofício, quando ela vendia suas peças para custear a faculdade Psicologia. Atualmente, ela não trabalha mais com tricô visando o ganho financeiro, mas ensina, voluntariamente, a quem deseja aprender. "Acho uma delícia presenciar pessoas descobrindo os primeiros pontos e vendo, com olhos felizes, o trabalho se formando. Já ensinei crianças, adultos e até uma vovó de quase 90 anos, que carinhosamente me chama até hoje de professora. Esse é um trabalho que realmente une o útil ao agradável. Completar renda com arte é muito prazeroso", afirma.
E, para quem acha que tricô é coisa da terceira idade, Lucilene quebra esse mito. "Tricô é quem gosta da arte de tecer história", ela diz. Então, vamos aprender? No vídeo abaixo, ela ensina as técnicas básicas para quem quer produzir suas primeiras peças.